May 8, 2025

Como pagar por softwares no exterior de forma eficiente: guia para empresas brasileiras

Como pagar softwares internacionais com menos impostos, mais controle financeiro e conformidade com a Receita Federal.

Como pagar por softwares no exterior de forma eficiente: guia para empresas brasileiras

Se sua empresa depende de ferramentas digitais para operar, inovar ou escalar, é bem provável que parte — ou até a totalidade — das soluções utilizadas venha de fora do Brasil. Plataformas de CRM, automação de marketing, ERPs, servidores em nuvem, inteligência artificial, design, gestão de dados... praticamente todo tipo de software corporativo estratégico está disponível apenas via pagamento internacional.

A tendência não é recente, mas se intensificou com a aceleração digital. Nos últimos anos, o mercado brasileiro testemunhou uma explosão no consumo de softwares estrangeiros — impulsionado tanto pela busca por eficiência operacional quanto pela pressão competitiva. Com isso, empresas de todos os portes enfrentam uma realidade inevitável: precisam pagar em dólar, euro ou outras moedas fortes para acessar tecnologias críticas.

Mas há um problema. Embora a compra de software no exterior tenha se tornado prática comum, a forma como as empresas brasileiras realizam esses pagamentos muitas vezes é desvantajosa. 

O uso automático do cartão de crédito internacional, por exemplo, pode parecer prático, mas costuma esconder custos ocultos: IOF elevado, câmbio turismo e taxas de conversão. Soma-se a isso a falta de controle fiscal e a dificuldade de conciliar esse tipo de despesa nos processos contábeis e tributários da empresa.

É nesse ponto que o tema se torna estratégico. Optar por métodos de pagamento mais eficientes — como plataformas de câmbio especializadas ou estruturas de nacionalização fiscal — pode gerar economia direta, facilitar o compliance tributário e aumentar a previsibilidade financeira. Isso significa pagar menos, de forma mais segura e com menos riscos jurídicos.

Neste guia, você vai entender:

  • Quais são os principais métodos de pagamento de softwares no exterior

  • Os impactos financeiros e fiscais de cada modalidade

  • Como reduzir custos com IOF, câmbio e burocracia

  • O que observar para manter a operação em conformidade com a Receita Federal

  • Dicas práticas para integrar pagamentos internacionais ao seu processo financeiro e contábil

Se você é CFO, controller, founder, líder de compras ou tecnologia, este conteúdo foi pensado para você. Ao final, sua empresa estará mais preparada para fazer escolhas conscientes sobre como contratar e pagar tecnologias globais com mais inteligência.

Quais são as formas de pagar softwares no exterior — e o que você precisa saber sobre cada uma

A contratação de software internacional é tecnicamente uma operação de importação de serviços. Isso significa que, para além da transação cambial, existe um conjunto de obrigações acessórias, impostos e riscos jurídicos que precisam ser observados. O problema é que muitas empresas ainda tratam esse processo de forma simplificada — e acabam pagando mais do que deveriam ou descumprindo regras fiscais sem perceber.

A seguir, analisamos os métodos de pagamento mais comuns no mercado, com seus respectivos pontos de atenção:

1. Cartão de crédito internacional: o caminho mais rápido (e mais caro)

O uso de cartões de crédito internacionais é a opção mais comum entre startups, agências e empresas de tecnologia que contratam ferramentas SaaS (Software as a Service). Em poucos cliques, a compra é feita e o acesso ao software liberado. No entanto, essa simplicidade cobra um preço.

Impactos financeiros e tributários:

  • Câmbio turismo: essa cotação é significativamente mais alta que o câmbio comercial usado em outras modalidades. Em momentos de instabilidade, a diferença pode ultrapassar 5%.

  • IOF de 4,38%: esse é o Imposto sobre Operações Financeiras cobrado sobre transações internacionais com cartão. Para empresas que contratam dezenas de ferramentas, o valor acumulado pode ser considerável.

  • Taxas ocultas: operadoras de cartão podem aplicar margens extras de conversão, nem sempre informadas claramente na fatura.

  • Dificuldade de conciliação: como a fatura do cartão fecha em uma data e é paga dias depois, há variação cambial entre a compra e o pagamento. Isso dificulta a previsão de custo e o registro contábil exato.

  • Não permite dedutibilidade: o uso do cartão, por não gerar documentos fiscais adequados (como contrato de câmbio ou RDE), pode impossibilitar a dedução ou crédito de impostos.

Para quem ainda pode fazer sentido:

Empresas pequenas, com volume baixo de compras e foco em agilidade imediata, desde que estejam cientes dos custos extras envolvidos.

2. Transferência bancária internacional (SWIFT): controle maior, mas com alto custo fixo

A transferência bancária tradicional, via código SWIFT, é outro método utilizado — principalmente por empresas de médio e grande porte que possuem relacionamento com bancos de câmbio.

Vantagens:

  • Utiliza o câmbio comercial, mais vantajoso do que o turismo.

  • Permite registro formal da operação de câmbio (inclusive via RDE-ROF, se necessário).

  • Pode ser usada para pagamentos de licenças de uso, contratos de prestação de serviços e royalties.

Desvantagens:

  • Altas tarifas bancárias: cada operação pode ter taxas fixas entre R$ 200 e R$ 600, além de custos adicionais em bancos intermediários internacionais.

  • Burocracia: é necessário preencher documentos cambiais, apresentar contratos, notas ou faturas com tradução — o que demanda tempo e equipe especializada.

  • Demora na liquidação: o prazo médio para que o fornecedor receba os valores pode ser de até 3 dias úteis.

Tributação envolvida:

Ao realizar uma transferência internacional para pagamento de software, incidem tributos como IRRF (15% a 25%, dependendo do país), PIS e COFINS-importação, além da possibilidade de ISS quando o software for caracterizado como serviço. O correto enquadramento fiscal depende da natureza do contrato e da jurisdição envolvida.

3. Plataformas de câmbio especializadas: agilidade, economia e compliance

Nos últimos anos, surgiram soluções digitais que funcionam como “plataformas de câmbio corporativo”. Nelas, é possível realizar transferências internacionais com menos burocracia e custos muito mais baixos — inclusive com suporte ao compliance fiscal e regulatório.

Como funcionam:

Empresas como Remessa Online for Business, Bexs Banco e outras fintechs de câmbio permitem que você:

  • Realize a contratação de câmbio com spread reduzido (cerca de 1% ou menos sobre o dólar comercial);

  • Pague com IOF de apenas 0,38% (operações com fins comerciais);

  • Gere documentos oficiais (contrato de câmbio, comprovante de envio, entre outros);

  • Integre a operação com ferramentas de gestão financeira e contabilidade;

  • Automatize parte do fluxo de aprovação e compliance da empresa.

Vantagens concretas:

  • Redução de custo: comparado ao cartão, a economia por transação pode chegar a 10%.

  • Previsibilidade: o valor em reais é conhecido no momento da operação.

  • Segurança jurídica: permite documentação para dedução fiscal e atendimento a auditorias.

  • Suporte especializado: muitas dessas plataformas contam com atendimento dedicado para B2B e APIs para integração.

Pagamento de software estrangeiro e a complexidade fiscal brasileira

Contratar software internacional vai além do simples câmbio. Para empresas brasileiras, há uma camada essencial que precisa ser tratada com precisão: a tributação. Ignorar ou interpretar de forma errada os encargos fiscais pode levar a autuações, perda de dedutibilidade e até riscos jurídicos.

A seguir, explicamos os principais impostos que incidem sobre a importação de softwares e as diferenças entre os tipos de contrato.

Como a Receita Federal trata a contratação de software?

A base legal para a tributação da importação de software vem do entendimento da Receita Federal, das secretarias municipais e da jurisprudência dos tribunais. Em resumo, a classificação fiscal depende de dois critérios principais:

  1. Natureza do software contratado

  2. Forma de disponibilização ao contratante

Tipos de software e seu impacto tributário

1. Software de prateleira (standard)

São sistemas padronizados, fornecidos em larga escala e sem personalização. Exemplos: Microsoft 365, Figma, Trello, Canva, Adobe Creative Cloud.

Tributação:

  • IRRF: 15% (caso o país do fornecedor não tenha acordo de bitributação)

  • CIDE: em geral, não aplicável

  • PIS/COFINS-importação: 9,25% sobre o valor remanescente

  • ISS: dependendo do município e se interpretado como serviço

2. Software sob encomenda (customizado)

Envolve desenvolvimento específico para o cliente, como sistemas internos, integrações personalizadas, dashboards de BI, entre outros.

Tributação:

  • IRRF: 15% ou mais

  • CIDE: 10%, por envolver transferência de tecnologia

  • ISS: normalmente aplicável (com alíquota entre 2% e 5%)

  • PIS/COFINS-importação: aplicável

Importante: Em ambos os casos, é necessário registrar o contrato de importação e, quando aplicável, o RDE-ROF junto ao Banco Central.

O problema da falta de documentação adequada

Quando uma empresa brasileira paga um software com cartão de crédito ou transferência bancária sem o devido registro contratual e contábil, os seguintes riscos surgem:

  • Não dedutibilidade de despesas no IRPJ e CSLL

  • Dificuldade de recuperar créditos de PIS/COFINS

  • Inconsistência em auditorias fiscais

  • Não conformidade com normas do Banco Central (Bacen)

Além disso, caso o fornecedor esteja localizado em paraísos fiscais ou em países sem acordos com o Brasil, o IRRF pode ser majorado para 25%.

Nacionalização de software: alternativa para reduzir riscos e impostos

Uma solução cada vez mais adotada por empresas brasileiras é a nacionalização de software, especialmente quando o fornecedor internacional tem relacionamento próximo com o contratante.

Como funciona?

O fornecedor internacional opera por meio de um parceiro no Brasil — seja uma subsidiária, uma revenda autorizada ou um veículo de representação fiscal. Esse parceiro emite notas fiscais em reais e recolhe os tributos localmente.

Vantagens da nacionalização:

  • Eliminação do IRRF, PIS/COFINS-importação e CIDE

  • Redução do custo tributário total (especialmente para empresas no lucro real)

  • Emissão de nota fiscal com dedutibilidade integral

  • Conformidade plena com a Receita Federal

  • Pagamento em reais (com previsibilidade e sem oscilação cambial)

Atenção: essa estrutura precisa ser bem planejada para não configurar simulação fiscal. É essencial que o intermediário tenha substância jurídica e opere com base contratual legítima.

Recomendações práticas para sua empresa

Se sua empresa realiza pagamentos de software no exterior ou pretende começar, siga estas orientações:

  1. Evite o uso recorrente de cartão de crédito internacional para pagamentos corporativos — ele é caro e pouco transparente.

  2. Utilize plataformas de câmbio com suporte fiscal — elas garantem economia e conformidade.

  3. Classifique corretamente o tipo de software contratado — isso define o regime tributário aplicável.

  4. Documente todos os contratos e comprovantes — para garantir dedutibilidade e segurança contábil.

  5. Avalie a nacionalização com parceiros especializados — especialmente se o valor anual for superior a US$ 10 mil.

  6. Consulte seu time tributário ou escritório contábil — a legislação é mutável, e erros podem ser custosos.

Pagar menos e estar em conformidade é possível

Contratar software internacional não precisa ser sinônimo de complexidade. O segredo está em tratar o pagamento como uma operação estratégica — e não apenas operacional. Ao adotar os métodos certos, registrar adequadamente os contratos e buscar apoio especializado quando necessário, sua empresa pode:

  • Economizar até 20% em impostos e tarifas cambiais

  • Reduzir riscos jurídicos e fiscais

  • Ganhar previsibilidade e controle financeiro

Num cenário em que a tecnologia define a competitividade das empresas, estruturar bem a forma como você contrata e paga por ela não é detalhe — é prioridade.

Transforme seu investimento em software em uma vantagem competitiva

Na nova economia digital, empresas que dominam sua estrutura de custos e reduzem passivos fiscais têm uma vantagem real sobre a concorrência.

O pagamento de softwares no exterior não precisa ser uma dor de cabeça: pode se tornar uma alavanca de eficiência e geração de valor. E com a Nexwave, essa transformação é possível, segura e comprovada.

Se a sua empresa utiliza ou pretende utilizar softwares internacionais, agora é o momento ideal para reestruturar seu modelo de pagamento e aproveitar os benefícios da nacionalização de fatura.

Quer reduzir seus custos com softwares internacionais e proteger a saúde financeira da sua empresa?

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