May 9, 2025

Receita Federal intensifica fiscalização sobre importação de softwares: o que sua empresa precisa saber

Receita Federal intensifica fiscalização sobre software importado. Entenda os riscos, impostos aplicáveis e como proteger sua empresa.

Receita Federal intensifica fiscalização sobre importação de softwares: o que sua empresa precisa saber

Nos últimos anos, a adoção de soluções tecnológicas estrangeiras por empresas brasileiras cresceu exponencialmente.

Ferramentas de gestão, armazenamento em nuvem, plataformas de pagamento e outros serviços digitais tornaram-se essenciais para a operação e competitividade dos negócios.

No entanto, essa integração internacional trouxe à tona uma questão crítica: a conformidade fiscal na importação de softwares e serviços digitais.

Em 2024, a Receita Federal intensificou a fiscalização sobre empresas que adquirem tecnologias e serviços do exterior sem o devido recolhimento dos tributos exigidos. Segundo o Relatório Anual de Fiscalização da Receita, muitas organizações não cumprem as obrigações tributárias relacionadas ao pagamento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) e PIS/Cofins ao contratar serviços técnicos, administrativos e softwares de fornecedores estrangeiros.
 

A prioridade do Fisco é assegurar que todos os tributos devidos sejam devidamente declarados e recolhidos, garantindo a saúde fiscal do país. Empresas inadimplentes estão sendo notificadas para regularizar sua situação, com a possibilidade de multas que podem alcançar até 300% do valor devido em casos de identificação de má fé.

Diante desse cenário, é fundamental que as empresas compreendam as exigências fiscais relacionadas à importação de softwares e serviços digitais. Este guia tem como objetivo esclarecer quais são os tributos envolvidos, os riscos da não conformidade e as melhores práticas para manter sua empresa em dia com as obrigações fiscais.

Neste texto, você vai entender:

  • Quais impostos incidem sobre a contratação de software internacional;
  • Como a Receita Federal está fiscalizando essas operações;
  • Quais os riscos e penalidades por não recolher corretamente os tributos;
  • Como sua empresa pode se proteger e estar em conformidade com as exigências;
  • Boas práticas e alternativas estratégicas para estruturar esse tipo de pagamento com segurança.

Se sua empresa contrata qualquer tipo de software de fora do Brasil — de CRMs a plataformas de analytics ou servidores em nuvem — é essencial conhecer esse novo cenário e agir de forma preventiva.

Quais impostos incidem sobre softwares importados?

A principal dúvida de empresas que contratam software ou serviços digitais do exterior é: quais tributos realmente se aplicam? A resposta depende da natureza do serviço, da forma de contratação e da estrutura jurídica da operação.

A seguir, listamos os principais impostos cobrados em operações legítimas de importação de software:

  1. CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico)
    Aplicável quando há transferência de tecnologia ou prestação de serviços técnicos especializados. A alíquota é de 10% sobre o valor pago ao exterior.


Exemplo prático: se sua empresa contrata um software com suporte técnico incluído – como treinamento, consultoria ou onboarding – esse serviço pode ser classificado como técnico e, portanto, sujeito à CIDE.

  1. PIS/COFINS-Importação
    Sempre que um serviço estrangeiro é contratado por uma empresa no Brasil, incide PIS (1,65%) e COFINS (7,6%), totalizando 9,25% sobre o valor da operação.


Importante: esse tributo incide mesmo quando não há transferência de tecnologia. Basta que o software seja disponibilizado via assinatura ou acesso remoto (modelo SaaS).

  1. IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte)
    Dependendo do país de origem do fornecedor e da natureza da operação, o IRRF pode ser aplicado com alíquota entre 15% e 25%. Quando o fornecedor está em paraíso fiscal, a alíquota é agravada.


Dica: verifique se o país tem acordo de bitributação com o Brasil. Isso pode evitar a incidência dupla de IR, tanto aqui quanto no exterior.

  1. ISS (Imposto Sobre Serviços)
    Alguns municípios interpretam a contratação de software como um serviço prestado no Brasil e exigem o pagamento de ISS. A alíquota varia entre 2% e 5% e depende da legislação local.


Situação comum: quando o serviço contratado envolve licenciamento, hospedagem, atualizações constantes e suporte, pode ser enquadrado como “serviço continuado”.

  1. IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
    O IOF incide sobre a remessa de valores ao exterior e varia de acordo com o método de pagamento:


• Cartão de crédito internacional: 4,38%
• Transferência internacional registrada (câmbio comercial): 0,38%

Como a Receita está fiscalizando o pagamento de softwares importados?

Desde 2023, a Receita Federal vem aprimorando suas ferramentas de monitoramento e cruzamento de dados para identificar empresas que realizam pagamentos ao exterior sem a devida conformidade tributária. Em 2024, esse movimento ganhou força com a publicação de alertas oficiais e a intensificação das autuações em diversos setores – especialmente tecnologia, serviços financeiros, consultorias e startups.

A seguir, veja como a Receita está agindo na prática:

  1. Cruzamento de informações com o Banco Central
    Toda operação de câmbio registrada oficialmente passa pelos sistemas do Banco Central. A Receita Federal tem acesso a esses dados e pode cruzá-los com os registros de contabilidade, notas fiscais e declarações acessórias da empresa. Se há remessa de valores para o exterior sem correspondente recolhimento de CIDE, IRRF ou PIS/COFINS, o alerta é acionado.

  2. Mapeamento de contratos de licenciamento
    A fiscalização também inclui a análise de contratos de software celebrados com empresas internacionais. Quando a Receita identifica termos como “licença de uso”, “prestação de suporte”, “acesso remoto” ou “atualizações automáticas”, ela pode enquadrar a operação como importação de serviço – mesmo que não haja entrega de produto físico ou transferência formal de código.

  3. Integração com plataformas de pagamento
    Empresas que utilizam gateways internacionais, como Stripe, PayPal ou remessas via cartão de crédito corporativo, também podem ser monitoradas. Se os valores pagos aparecem na fatura, mas não são contabilizados como despesa importada com incidência de tributos federais, a empresa fica vulnerável.

  4. Notificações e autuações
    Segundo a CNN Brasil, empresas que não se regularizaram de forma espontânea já estão sendo notificadas pela Receita, com prazos para apresentação de justificativas e documentos. Quando há indício de omissão deliberada, as multas podem chegar a até 300% do valor do tributo devido, além de juros, correção e impedimento para regimes especiais de tributação.

  5. Foco especial em empresas do lucro real
    Empresas optantes pelo regime do lucro real são um dos principais alvos da fiscalização, por terem maior capacidade de dedução de despesas – e, portanto, um incentivo maior a estruturar pagamentos de forma irregular para abater valores do imposto de renda. A Receita tem usado inteligência artificial para cruzar registros contábeis, cambiais e fiscais desses contribuintes com maior profundidade.

Quais os riscos para empresas que não se adequam?

Ignorar a regulamentação pode trazer consequências graves para a empresa – não apenas no aspecto financeiro, mas também na reputação e na capacidade de operar com segurança jurídica. Veja os principais riscos:


• Multas e autuações retroativas: os tributos podem ser cobrados com efeitos retroativos de até cinco anos, com multa de ofício de até 75% (ou até 150% em casos agravantes).


• Inaptidão do CNPJ: empresas reincidentes podem ser impedidas de emitir notas fiscais ou participar de processos licitatórios.


• Perda de dedutibilidade: pagamentos realizados sem documentação correta podem ser glosados pela fiscalização, aumentando o lucro tributável e o valor final do IRPJ e da CSLL.


• Risco de responsabilização dos administradores: diretores e sócios podem ser responsabilizados pessoalmente por omissão fiscal dolosa.


• Barreiras com investidores e auditorias: irregularidades tributárias comprometem rodadas de captação, auditorias de big four e due diligences para fusões e aquisições.

1. Utilize plataformas de câmbio com suporte a operações de serviço

Soluções como Remessa Online for Business, Bexs Banco e fintechs especializadas permitem realizar pagamentos com:


• IOF reduzido (0,38%)
• Câmbio comercial
• Contratos de câmbio formalizados
• Comprovantes válidos para dedução fiscal
• Integração com o sistema contábil da empresa

Essas plataformas também ajudam a identificar a natureza jurídica da operação – se é licenciamento, serviço técnico ou prestação continuada – facilitando a classificação correta para o recolhimento de tributos como IRRF, PIS/COFINS e CIDE.

2. Formalize contratos e documente os pagamentos

É imprescindível ter um contrato claro com o fornecedor estrangeiro, mesmo quando se trata de SaaS com aceitação digital de termos.
 

O contrato deve:


• Descrever a natureza do serviço (licença, suporte, customização etc.)
• Definir as condições de pagamento
• Apontar se há ou não transferência de tecnologia
• Informar a localização do prestador e o escopo da operação

Além disso, guarde todos os comprovantes de pagamento, invoices, e-mails de negociação e qualquer documentação auxiliar – especialmente se você pretende utilizar os valores como despesa dedutível no IRPJ.

3. Classifique corretamente a natureza do software

Muitos erros de tributação nascem da má classificação do serviço contratado. Há uma diferença relevante entre:
• Software de prateleira (standard): disponibilizado em larga escala, sem customização. Normalmente não envolve CIDE e pode ter carga tributária reduzida.
• Software sob encomenda ou com suporte técnico embutido: envolve serviço especializado, podendo demandar recolhimento de CIDE, IRRF e ISS.

Na dúvida, consulte sua equipe tributária ou contabilidade – ou busque um parecer fiscal específico para o caso.

4. Evite o uso recorrente de cartão de crédito internacional

Apesar da praticidade, o cartão de crédito oferece:
• IOF alto (4,38%)
• Câmbio turismo
• Falta de documentação para dedução
• Risco de glosa em auditorias

Utilize apenas como exceção e jamais para pagamentos recorrentes ou de alto valor.

5. Avalie a possibilidade de nacionalização via parceiro no Brasil

Se o fornecedor de software possui operações no Brasil ou representantes comerciais, pode ser mais vantajoso negociar a nacionalização da licença. Nessa estrutura:


• O pagamento é feito em reais
• A nota fiscal é emitida localmente
• Os impostos são recolhidos no país (ISS, ICMS ou retenções)
• A dedutibilidade fiscal é facilitada

Essa opção elimina o risco cambial e reduz a complexidade jurídica envolvida, especialmente para empresas no regime de lucro real.

Por que confiar na Nexwave para nacionalizar a sua fatura?

• Especialização absoluta em softwares e serviços digitais.
• Equipe jurídica e tributária com atuação nacional e internacional.
• Soluções 100% auditáveis e respaldadas nas melhores práticas de compliance.
• Visão estratégica: ajudamos sua empresa a transformar a contratação de tecnologia em vantagem competitiva.

Com a Nexwave, seu investimento em tecnologia internacional deixa de ser um risco e se torna um motor de crescimento seguro e sustentável.

O novo cenário exige ação estratégica

O aumento da fiscalização sobre a contratação de softwares internacionais é um movimento irreversível. Empresas que não se adaptarem rapidamente podem sofrer consequências financeiras e jurídicas sérias.
Por outro lado, aquelas que estruturarem suas operações com inteligência e estratégia terão não apenas segurança jurídica, mas também ganhos financeiros expressivos.
A Nexwave é a parceira ideal para liderar essa transformação na sua empresa.

Não espere ser surpreendido pela fiscalização.

Converse agora com um especialista da Nexwave e descubra como nacionalizar suas faturas de software, reduzir seus impostos e proteger seu negócio.

👉 Fale com a Nexwave

Subsribe to our weekly newsletter

Lorem ipsum dolor sit amet consectetur. Et ullamcorper morbi lectus fermentum viverra malesuada consequat.

Thanks for joining our newsletter.
Oops! Something went wrong.
Check Icon - Bnkify X Webflow Template
Join the 10,000+ readers in our newsletter
Subscribe To Our Newsletter Image - Bnkify X Webflow Template

Explore our collection of 200+ Premium Webflow Templates

Need to customize this template? Hire our Webflow team!